sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

A ORIGEM DO POLÍTICO MARANHENSE


Dino de Alcântara

Quando os portugueses começaram a colonizar o que hoje se entende por Maranhão, um dos mais sagazes ladrões de Coimbra, para escapar da masmorra, aceitou transferir-se para o “quinto dos infernos”, como mais tarde seria a nação (re)significada pela boca nada pura da princesa Carlota Joaquina. Veio com a família (era o infeliz pai de três filhos) no navio que seguiria até Salvador, mas acabou desembarcando na Ilha do Maranhão (Upaon-Açu). 
Como era costume trazer toda espécie de animais domésticos, o homem trouxe gato, cachorro, porco, galinha, etc. 
Passados alguns anos, ele, que morava nas proximidades da Praia Grande, já conhecia muito bem a terrinha. 
Antes que o leitor seja tentado a crer que a origem dos políticos maranhenses seja esse pobre português, vamos mudar a cena. 
O gato que viera com a família de Portugal era um exímio caçador, mas havia um rato na casa que ele não conseguia pegar de jeito nenhum. Parecia até que o roedor sentia o cheiro de felino de longe. 
O gato, porém, teve uma ideia brilhante. Aproximou- se da toca e latiu como se fosse o cachorro. A imitação foi tão perfeita, que se uma cadela, no cio, estivesse nas proximidades da casa, sairia enlouquecida, mais veloz que o furacão Katrina, que devastou a cidade de Nova Orleans em 2005.
O rato, ao ouvir o latido, pensou: “O bicho não se une com o cachorro; isso quer dizer que ele está bem longe!” e saiu da toca. 
O gato abocanhou-o, mas não resistiu a uma boa gargalhada, deixando o indefeso animal com direito a uma última lição, infelizmente, para ele, desnecessária. O roedor queria saber quem tinha latido. 
O GATO - Eu! 
O RATO -  Mas com tanta perfeição?


O GATO —  Exato! 
O RATO — Eu nunca acreditaria que aquele latido era de um gato! 
O GATO — Ah, meu caro rato, nesta terra abençoada pela mentira, quem não aprender a enganar os outros passará fome! 

Um comentário: