Dino de
Alcântara
Caju descia a ladeira de cima da Chã com cara de
poucos amigos. O calor daquele dia (outubro) tinha aumentado a sua dor de
cabeça terrivelmente. Já tinha tomado um chá de erva-cidreira em casa, antes de
ir à casa de Cabeludo, mas nem tinha diminuído. Já planejava comprar no Aniceto
um comprimido para passar a maldita dor.
Quanto passou em frente a casa de Juvenal, Felipe
de Paulo o abordou e, vendo que o colega estava com cara de poucos amigos,
indagou-lhe:
FELIPE DE PAULO – O que é isso, siô?
CAJU – Felipe, estou com uma dor de cabeça que
está para explodir a cachola.
FELIPE DE PAULO – Rapaz, faz como eu. Quando estou
com dor de cabeça, corro pra casa e pulo na minha mulher. É um santo remédio.
Passa logo qualquer dor.
E Caju, que sempre foi um dos mais sarcásticos
repentistas de todos os tempos de toda a região de Alcântara:
CAJU – E onde é que ela está agora, Felipe?
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