A manhã do primeiro dia de novembro do ano de 2013 começou bastante conturbada quando o herói deste causo se atrasou para fazer o café dele e da esposa que estava bastante PROJUDICADA por conta da idade avançada e, atualmente finada. O pequeno grande homem se vestiu nas carreiras e TACOU para a rodoviária municipal da Cidade de Bequimão quase perdendo o ônibus das 7 horas que, para a sorte dele, o motorista teve uma emergência e acabou atrasando 10 minutos.
A curta viagem de 36 quilômetros até o povoado Cujupe foi bastante tranquila. Ao desembarcar, montou na garupa do primeiro moto táxi que passou. Foi direto para a quitanda do maior comerciante de lá, o famoso Aniceto. Conversa vai e conversa vem, entraram duas belas mulheres no comércio, Maria Cobrinha e Raimunda Cavala, mesmo já um tanto castigadas pelo impiedoso tempo, ainda faziam balançar forte o coração do nosso herói, Brola. Para dá um de BOM e conseguir ficar de bem na FITA, pediu um quarto de cana e o bebeu de um só gole.
Brola sempre foi reconhecido por não ser aquela pessoa tão boa de beber, de se embriagar rápido. Houve relatos de que o mesmo, por diversas vezes, ao passar perto de bares e sentindo aquele cheiro inconfundível de bebida alcoólica, acabou ficando completamente embriagado. Após o copo de cachaça, foi bastante tonto e cambaleando para o cemitério que fica localizado no bairro da Chã. Tinha que pintar a sapata (sepultura) da mãe Vicência.
Ao adentrar no solo sagrado e com a cabeça já pesada, sentiu uma fina brisa percorrer o corpo de estatura mediana, um metro e quarenta centímetros. Essa brisa fez algumas PINDOVAS se moverem no fundo, arrepiando o ESPINHAÇO de Brola por completo. Pegou rapidamente o pincel mais a tinta e se DANOU a pintar a sapata por completa. Fez um serviço razoável.
De lá, foi com a sua faquinha na cintura e camisa três quarto aberta até a casa do tio, que foi o homem mais importante de toda aquela produtiva região. Chegou trôpego e caiu logo na porteira, sendo socorrido por Yvi e Uri. Deram um bom bandeco à ele até forrar o bucho. Tirou uma longa soneca e, ao acordar, solicitou a Uri que o levasse ao porto para pegar o ônibus das 3 horas. Montou, na arrancada quase cai. Quis beber mais um quarto quando chegou no destino mas foi INCANCELADO pelo motoqueiro profissional. Partiu para Bequimão.
No segundo dia de novembro, o povoado todo foi ao cemitério acender velas aos entes queridos e encontraram a sapata da finada Mundica pintada. Quem havia pintado?
sexta-feira, 2 de dezembro de 2016
sábado, 26 de novembro de 2016
CAUSOS DO CUJUPE
RAIMUNDO
PAIACO E O CHAMATÓ
Numa noite de maio, após
um longo dia de chuva, Raimundo Paiaco acordou no meio da noite, quase já de
madrugada, sentindo uma dolorosa contração no ventre, e logo em seguida a
necessidade imperiosa de praticar certo ato fisiológico de que nenhum indivíduo
se pode eximir. Caçou debaixo da rede as sandálias e não encontrou nada.
Farejou em outros cantos do quarto. Nada. Mas a situação exigia rapidez.
Levantou silenciosamente para não acordar Luíza e as filhas. Foi pé ante pé à
rede da filha Conceição. Felizmente encontrou o que queria: o chamató. Verdade
que nunca tinha usado aquilo. Mas vá lá. Sempre tem a primeira vez. Enfiou o pé
direito; depois, o esquerdo e saiu. Caía um sereno forte. Mais para chuvisco.
Apressou os passos. Aqui e ali um tropeção. Quase cai ao adentrar o mato em
direção ao local em que ele e sua família expeliam os excrementos do dia.
Chegando ao local, acocorou-se, abaixou a bermuda. Felizmente estava sem
cuecas. Aliviou o ventre. Agora era só pegar um ou duas folhas de pindova e
tratar da higiene. Procurou, mas não achou à mão. Levantou-se, com muito
cuidado, pois a roupa não poderia subir à cintura. Precisava dar uns dois
passos. Adentrou bem os pés no chamató e se preparou para ir à caça do objeto a
ser usado na limpeza. Mas, ao passar por cima da raiz saliente que era usada
como base para os pés, escorregou. Tentou de várias formas segurar-se. Em vão. A pouca perícia com o
uso do chamató e a bermuda perto dos joelhos dificultaram enormemente a
empreitada. Acabou caindo, de costas, sobre os próprios excrementos e sobre os antigos.
Disse um palavrão naquela noite escura. Maldisse a chuva, o chamató. Aliás,
deveria se livrar logo dessa praga. Lançou-o fora. Levantou. Pegou a bermuda e
colocou logo na cintura. Depois se lava. Saiu rápido do local. Transpassou a
odienta raiz. Ganhou a porta da rua. Disse mais uma ou duas palavras brabas. Um
relâmpago clareou o terreiro. Quem passasse por ali, avistaria um raivoso
Raimundo passando debaixo da mangueira azedinha, pés descalços, em direção à
fonte. Chamató do diabo. Foi o disse e sumiu no caminho escuro.
quinta-feira, 17 de novembro de 2016
Besouro
Por volta dos anos 50, o Ceará passou por uma de suas piores secas da história, fazendo com que muitos retirantes deixassem os lares à procura de um lugar melhor para se viver. Veio para as bandas do Maranhão um adolescente chamado Pedão. Logo ele se encantou por uma magnífica senhora cujupiense, então se casaram e tiveram filhos.
Pedão, desde criança, quando ia trabalhar na roça com os pais, perdia o jejum com uma cuia de cachaça da terra (muito saborosa) e alguns punhados de farinha d'água para conseguir passar o dia inteiro no trabalho pesado e só voltar na boca da noite. Com isso, ele ficou com o corpo bem forte para beber grandes doses da bebida saborosa.
Instalado no Maranhão, ficou bastante amigo de uma tradicional família do Cujupe. Foi então convidado a trabalhar na solta de Maranhãozinho. Aquela solta era gigantesca para o herói da narrativa conseguir tomar de conta sozinho, fora que à noite, sentia falta de uma companhia para conversar, tomar uma branquinha e contar causos. Quem sabe até mesmo de uma companhia feminina.
Com o passar de um mês, ele avisou o patrão das dificuldades de trabalhar sozinho. Compadecido, o patrão caridoso contratou outro empregado para as mesmas tarefas, o Paulino Coelho que é vulgarmente conhecido como Paulo, Paulão ou somente Pauleta. Paulino era bastante jovem e já tinha experimentado poucas vezes essa bebida de cheiro forte e inesquecível.
Com o passar de quatro ou cinco semanas de trabalho tinino (muito pesado), os dois companheiros de profissão e grode estavam a beber de duas ou três garrafas por dia. Paulão que era e é bastante esperto, começou a perceber que quando se era comprado três garrafas, sempre bebiam duas garrafas e meia até a hora de dormir, mas quando acordavam, a metade restante estava completamente seca.
Pedão encontrou a resposta exata para o fato, era um BESOURO que habitava as terras do Cujupe e que se alimentava de cachaça.
Pedão, desde criança, quando ia trabalhar na roça com os pais, perdia o jejum com uma cuia de cachaça da terra (muito saborosa) e alguns punhados de farinha d'água para conseguir passar o dia inteiro no trabalho pesado e só voltar na boca da noite. Com isso, ele ficou com o corpo bem forte para beber grandes doses da bebida saborosa.
Instalado no Maranhão, ficou bastante amigo de uma tradicional família do Cujupe. Foi então convidado a trabalhar na solta de Maranhãozinho. Aquela solta era gigantesca para o herói da narrativa conseguir tomar de conta sozinho, fora que à noite, sentia falta de uma companhia para conversar, tomar uma branquinha e contar causos. Quem sabe até mesmo de uma companhia feminina.
Com o passar de um mês, ele avisou o patrão das dificuldades de trabalhar sozinho. Compadecido, o patrão caridoso contratou outro empregado para as mesmas tarefas, o Paulino Coelho que é vulgarmente conhecido como Paulo, Paulão ou somente Pauleta. Paulino era bastante jovem e já tinha experimentado poucas vezes essa bebida de cheiro forte e inesquecível.
Com o passar de quatro ou cinco semanas de trabalho tinino (muito pesado), os dois companheiros de profissão e grode estavam a beber de duas ou três garrafas por dia. Paulão que era e é bastante esperto, começou a perceber que quando se era comprado três garrafas, sempre bebiam duas garrafas e meia até a hora de dormir, mas quando acordavam, a metade restante estava completamente seca.
Pedão encontrou a resposta exata para o fato, era um BESOURO que habitava as terras do Cujupe e que se alimentava de cachaça.
quinta-feira, 10 de novembro de 2016
Árvores do Cujupe: Jutaizeiro
Jutaizeiro - ou jatobazeiro - é uma árvore da família das fabáceas. Pode alcançar 40 metros de altura e 2 metros de diâmetro. As folhas são compostas por 2 folíolos, semidecíduas, coriáceas, com 6 a 14 cm de comprimento e 3 a 5 cm de largura. A floração ocorre na época de seca do ano e a frutificação ocorre cerca de 4 meses depois. A casca externa apresenta uma coloração cinza clara a marrom e tem cerca de 10 milímetros de espessura. Peixe-Galo e Manoel Pé-Largo faziam de suas cascas, nos anos 80, moitões para barquinhos de butiti.
Os frutos têm o formato de vagens oblongas, com casca de cor
castanho avermelhado, apresentando várias sementes cobertas por uma polpa de
cor amarelo pálida, farinácea, bem adocicada e mucilaginosa.
segunda-feira, 7 de novembro de 2016
Palavras e Expressões do Cujupe
ITACURUBA
Pronunciada no Cujupe sem o I, apenas tacuruba, significa pedra de apoio às panelas e aos cadeirões em fogões a lenha.
Exemplo: Zeca do Cujupe escolheu três (i)tacurubas para o novo fogão do Itapeua.
Causos do Cujupe
MANOEL CAVALCANTE E A MÃE D'ÁGUA
Certa vez, pelos idos de 1930, indo da Ilha Grande para o Itapeua, ao passar pela Juçara, Manoel Cavalcante ouviu um choro de criança vindo de um poço às margens do manguezal.
Aproximou-se para saber de quem se tratava e avistou uma criança loura. Ao se deslocar para saber quem era, a criança pulou dentro do poço, submergindo nas águas.
O destemido morador do Cujupe não pensou duas vezes e se bazugou nas águas do poço. Procurou em vão a criança, mas apenas encontrou uma jurará (espécie de cágado), levando-a consigo para o almoço do dia seguinte.
sábado, 5 de novembro de 2016
Árvores do Cujupe: Buritizeira
Buritizeira é uma palmeira alta
que produz o buriti. Seu nome provém do Tupi, incorporada à língua portuguesa.
Seu fruto, além de rico em vitamina A , B e C,
ainda fornece cálcio, ferro e proteínas. Consumido tradicionalmente ao natural,
o fruto do buriti também pode ser transformado em doces, sucos, picolé, licor,
vinho, sobremesas de paladar peculiar.
Manoel Cavalcante (1881-1948)
costumava tomar o famoso vinho de buriti em pratos fundos, acompanhado de
farinha seca.
Seu neto, Orlando Cavalcante, tem
um verdadeiro fascínio por essa palmeira. Por isso, tem sido um dos mais
ferrenhos defensores do seu plantio.
Palavras e Expressões do Cujupe
À GAGAU
Esta expressão significa que algo está desorganizado, desordenado, sem nenhum tipo de arrumação.
Exemplo: Curica deixou as espigas de milho à gagau na cozinha.
quinta-feira, 3 de novembro de 2016
Brincadeiras BOM BARQUINHO
Bom Barquinho é (ou talvez tenha sido) umas das cantigas de rodas mais populares de todo o Nordeste do Brasil. Muito praticada pelas crianças do Cujupe, sobretudo até os anos 80. Consiste em colocar as duas crianças maiores frente à frente, de mãos dadas e levantadas e um grupo de crianças (o restante) uma atrás da outra. À medida que elas vão passando entre as duas que estão com as mãos levantadas, vão sendo presas. Daí é só escolher de que lado ficar. Ao final, vão disputar um cabo de guerra, sem cordas, cada criança segurança na cintura da outra.
Eis a letra:
Bom barquinho, bom barquinho
Deixarás passar
Carregados de filhinhos
Para Jesus cuidar
Eu peço, meu bom barquinho
Licença para passar
Que eu tenho muitos filhinhos
Não posso mais demorar
Passarás, passarás
Que algum deles há de ficar
Se não for o da frente
Há de ser o detrás
Bom barquinho, bom barquinho
Deixarás passar
Carregados de filhinhos
Para Jesus cuidar
Eu peço, meu bom barquinho
Licença para passar
Que eu tenho muitos filhinhos
Não posso mais demorar
Passarás, passarás
Que algum deles há de ficar
Se não for o da frente
Há de ser o detrás
Há de ser o detrás
Palavras e Expressões do Cujupe
À FULOTE
Expressão que significa em grande quantidade, em excesso.
Exemplo: Quinca disse que tinha manga à fulote debaixo do mangueiral do Itapeua.
quarta-feira, 2 de novembro de 2016
Árvores do Cujupe: Tuncunzeiro
Tucunzeiro, que produz o tucum (Bactris setosa), é uma
palmeira que cresce formando touceiras densas. Atinge de 10 a 12 metros de
altura. Tem caules coberto por espinhos, muito ornamental. Seus frutos são
esféricos, com cerca de 2 centímetros de diâmetro. Quando muito verdes, esses
frutos (tucuns) contêm apenas água. Com o tempo, criam uma polpa muito
nutritiva e saborosa. Quando amadurecem, ficam extremamente duros e só podem
ser consumidos por roedores. São produzidos em cachos.
Alguns moradores do Cujupe, nos idos de 80 e 90, tentaram de
todas as formas acabar com essa árvore, mas, felizmente, a natureza foi mais
forte, e, hoje, os tucunzeiros estão por toda a parte, para felicidade dos
animais e dos moradores que consomem o seu fruto.
Lendas do Cujupe: Refastolo
Um dos mitos mais temidos de
todos os tempos no Cujupe é o Refastolo. Trata-se de uma criatura mística que
aparece aos passantes repentinamente quando estes estão sozinhos andando em
caminhos distantes e rodeados pela mata fechada, sem casas por perto.
Quando o indivíduo percebe sua
presença, a situação fica tenebrosa: o “animal” se assemelha a um gato doméstico,
não provocando nenhum tipo de receio. Mas em seguida, ao adentrar novamente o
mato, ele se transforma numa criatura semelhante a um cachorro. E assim, à
medida que ele (o Refastolo) entra e sai sucessivas vezes da mata, seu tamanho
e sua aparência tornam-se mais gigantes e grotescos.
Quando chega ao tamanho de um
boi, o Refastolo mata o pobre passante, não dando possibilidade de defesa, nem
deixa marcas de sua presença.
Por isso, é uma das lendas mais aterrorizantes
relembradas pelos moradores mais velhos da região.
terça-feira, 1 de novembro de 2016
Anedotário
O comandante de um batalhão da polícia militar,
nos idos de 50, ao cruzar a Rua Grande vindo da Deodoro pela Rua do Passeio,
teve o seu carro parado pelo guarda Sinhuca, que, mesmo sabendo de quem se
tratava, mandou o militar frear para um bêbado atravessar, justificando depois
ao chefe: “não o reconheci, pois pau se conhece pela casca; e um homem, pela
farda”.
segunda-feira, 31 de outubro de 2016
Sapos no fundo do poço
É de sabedoria que a água no Cujupe está cada dia mais rara de se encontrar, um dos melhores poços da região do Itapeua se encontra totalmente seco. Há um CABOCO, oriundo dessas bandas, que atualmente trabalha em uma grande empresa de transportes em São Luís e que está esperando uma folguinha para fazer a travessia de ferry-boat sentido Cujupe para ir salvar dona Lili, Tralhoto e Baralhada da seca. Cavará mais fundo ainda o poço. O herói é conhecido como Quili-Quili.
Próximo a este problema, na casa seguinte, encontra-se um poço bastante fundo, onde várias pessoas tentaram adentrar para fazer a devida limpeza e acabaram ficando sem ar devido a profundidade. O poço situa-se entre a casinha e a casa grande. Mesmo sendo totalmente vedada a boca do poço pela construtora PAZ(Pauleta-Arroz-Zeca), houve a entrada de muitos sapos.
A água começou a ficar com um cheiro e sabor insuportável. Eis que surge o Velho Chico, com aproximadamente 85 anos descendo o poço, pendurado por uma corda presa em uma antiga escada que faltavam alguns degraus. Pairou sobre a água gelada e fétida. Com um olhar de caçador, mesmo sem enxergar absolutamente nada na escuridão, ou somente porque não possuia mais a visão de 50 anos antes, começou a tatear como quem tateia uma mesa feita de bacurizeiro atrás de uma xícara de café. Com movimentos bruscos, pôs-se a pegar os sapos um por um e colocá-los em um COFO(tipo de balaio) amarrado a cintura. Subiram ele e conferiram incriveis 53 sapos.
Sua nora predileta, Jecira, presenciou a cena, digna de grandes filmes hollywoodianos, com grande espanto, mas feliz por Chico Cavalcante ter emergido do poço como um herói.
Próximo a este problema, na casa seguinte, encontra-se um poço bastante fundo, onde várias pessoas tentaram adentrar para fazer a devida limpeza e acabaram ficando sem ar devido a profundidade. O poço situa-se entre a casinha e a casa grande. Mesmo sendo totalmente vedada a boca do poço pela construtora PAZ(Pauleta-Arroz-Zeca), houve a entrada de muitos sapos.
A água começou a ficar com um cheiro e sabor insuportável. Eis que surge o Velho Chico, com aproximadamente 85 anos descendo o poço, pendurado por uma corda presa em uma antiga escada que faltavam alguns degraus. Pairou sobre a água gelada e fétida. Com um olhar de caçador, mesmo sem enxergar absolutamente nada na escuridão, ou somente porque não possuia mais a visão de 50 anos antes, começou a tatear como quem tateia uma mesa feita de bacurizeiro atrás de uma xícara de café. Com movimentos bruscos, pôs-se a pegar os sapos um por um e colocá-los em um COFO(tipo de balaio) amarrado a cintura. Subiram ele e conferiram incriveis 53 sapos.
Sua nora predileta, Jecira, presenciou a cena, digna de grandes filmes hollywoodianos, com grande espanto, mas feliz por Chico Cavalcante ter emergido do poço como um herói.
quarta-feira, 26 de outubro de 2016
Portal de entrada
Vista para a Ponta do Itaúna e para o Lavado das Duas Irmãs que servem de entrada para as grandes e péssimas embarcações chamadas de ferry-boat e outros barcos menores. O igarapé do Cujupe já foi bastante próspero onde encontrava-se variados tipos de peixe e crustáceos.
Quando os ferry-boats começaram o trajeto São Luís/Porto do Cujupe e vice-versa, dependia-se totalmente da maré alta, ou seja, só poderia existir dois horários que deveriam ser seguidos de acordo com a natureza. A rampa desse tempo era conhecida como flutuante, que hoje encontra-se totalmente deteriorada por conta de fatores naturais. Pegava-se bastante peixe e camarão nesse período.
Após fazerem novas rampas que adentraram o mar e comprarem outros modelos de ferry, o horário ficou regular, contando com mais de 10 viagens diárias, consequentemente aumentado bastante o fluxo de viagens, barulho ensurdecedor e poluição desse belo cenário esculpido pela mãe natureza e que já foi habitat de grandes peixes. Atualmente, não se pega quase nada de peixe ou camarão.
terça-feira, 25 de outubro de 2016
Furto de Melancia
Braulino, o Brola, ao ser alertado pelo seu vizinho, Sertão,
de que estavam entrando na roça daquele para roubar melancias, tinha uma prova
irrefutável de que o vizinho havia omitido alguns dos nomes envolvidos no
furto: uma semente de melancia sobre a clavícula saliente, popularmente conhecida
no Cujupe como cantareira.
segunda-feira, 24 de outubro de 2016
Árvores do Cujupe: Imbaubeira
Árvore típica do Cujupe. Seu tronco é oco, permitindo um grande acúmulo de água, inclusive boa para o consumo humano.
Sua folha é um alimento nutritivo para animais, como boi, cabras, jumento, etc.
Segundo Antônio TRALHOTO, morador da região, seu tronco é péssimo para o fabrico de carvão.
Sua folha é um alimento nutritivo para animais, como boi, cabras, jumento, etc.
Segundo Antônio TRALHOTO, morador da região, seu tronco é péssimo para o fabrico de carvão.
Casa do forno
Quem não se lembra da belezura que era a antiga casa do forno de proprietário conhecido como Chico Cavalcante?
Como é bom acordar todas as manhãs de férias quando se tem 5 anos e sentir aquele cheiro de farinha torrando no forno e dá um pulo da cama só nas CARREIRAS pulando o cercado somente para tirar um PUNHADO de farinha, tocar na boca, dá um alô para Bulhico ou Xaxá(os mexedores de farinha que me recordo) e sair correndo para tomar a benção matinal do vô.
Hoje, esse lugar é conhecido como TAPERA e dá lugar à duas belas amendoeiras que estão fazendo uma ótima sombra.
PS: Sei quem derrubou as paredes da casa do forno, quem quebrou a roda do catitu e queimou os TAPITIS, mas não posso contar, quem sabe em outro post.
Como é bom acordar todas as manhãs de férias quando se tem 5 anos e sentir aquele cheiro de farinha torrando no forno e dá um pulo da cama só nas CARREIRAS pulando o cercado somente para tirar um PUNHADO de farinha, tocar na boca, dá um alô para Bulhico ou Xaxá(os mexedores de farinha que me recordo) e sair correndo para tomar a benção matinal do vô.
Hoje, esse lugar é conhecido como TAPERA e dá lugar à duas belas amendoeiras que estão fazendo uma ótima sombra.
PS: Sei quem derrubou as paredes da casa do forno, quem quebrou a roda do catitu e queimou os TAPITIS, mas não posso contar, quem sabe em outro post.
Zeca do Cujupe tem proposta para Ladeira Grande
O líder político da região, Zeca do Cujupe, tem uma proposta que pode pôr fim à terrível Ladeira Grande da estrada vicinal do Cujupe, agora batizada de Estrada Francisco Cavalcante. Trata-se de um aterramento na base da ladeira, ao mesmo tempo que parte do cume será retirado. Segundo Peixe Galo, um dos moradores, agora vai ficar bom andar de carro e moto.
domingo, 23 de outubro de 2016
João Peua
Figura ilustre que é facilmente encontrada em calçadas de grandes comerciantes do famoso porto novo, Carrinho e Reinaldo. Passa o dia a descascar coco seco para a querida mãe, Helisa, vender no porto do Cujupe. Quando finaliza o serviço, busca moedas para INTERAR e converter em deliciosas doses de cachaça 51 e, por vezes, de Caninha do Engenho. Quando bebe mais de 5 doses, acaba por pegar lapadas de corda do dono do boi.
sexta-feira, 21 de outubro de 2016
Ahhh, Cujupe.
Como era bom o tempo passado, nosso tempo presente e como será MELHOR AINDA o tempo que virá, das reuniões familiares onde cada qual tinha seu CAUSO, com as caminhadas pela rua PRINCIPAL, a qual o verdadeiro Velho Chico mandou abrir a punho, diga-se de passagem, de aço. Ah, meu Cujupe amado, que eternamente será lembrado em nossos corações.
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