Em um adorável
mês de maio, por volta do ano de 2009, o casarão do Cujupe encontrava-se cheio dos
Cavalcantes. Lembro-me como se fosse ontem, um Classic preto entrando pela
gigante porteira, porém só um lado do portão estava aberto. A tampa da mala já
vinha aberta com um enorme som troando e a buzina papocando. O motorista do
carro tomou dois copos de café fresco feito pela adorável Rosinha e se atirou a
beber cerveja. Por volta das 9:30 da manhã, optaram por ter caranguejo no
almoço.
Pauleta e
Quicão se aprumaram com cofos. O dono do carro preto e seu sobrinho da
sobrancelha grossa foram a cozinha, pegaram uma garrafa de aguardente original
de 51 e se dispuseram a encher dois pequenos frascos com esse elixir. Puseram uma
das garrafas em um cofo e a outra, os quatro companheiros já foram entornando por uma
trilha suja que até hoje passa pelo cajueiro azedinho em direção ao guariba.
Caranguejo estava
bobando por causa de uma torrencial chuva que houvera na noite anterior. Rapidamente
encheu-se os dois cofos, porém foi perceptível pelo tio e sobrinho que o almoço
fora pegado mais rápido que a finalização do primeiro frasco do poderoso remédio.
Começaram, todos os quatro, a colocar as mãos dentro do cofo. Os crustáceos
beliscaram todos. Então, os quatro personagens se entreolharam e, sem dizer uma
única palavra, foi chegado a um veredito. Fez-se um tipo de barreira, modelada
pelas mãos de Pauleta, e soltaram todos os caranguejos. Voltou-se com cofo e
meio neste dia e muita história para contar.
Um quarteto e muitas histórias para lembrar. Histórias que passarão de pais, tios, sobrinhos e netos por décadas.
ResponderExcluirSítio do Itapéua e suas "lorotas" históricas reais ou reais históricas. Jamais saberemos!