É de sabedoria que a água no Cujupe está cada dia mais rara de se encontrar, um dos melhores poços da região do Itapeua se encontra totalmente seco. Há um CABOCO, oriundo dessas bandas, que atualmente trabalha em uma grande empresa de transportes em São Luís e que está esperando uma folguinha para fazer a travessia de ferry-boat sentido Cujupe para ir salvar dona Lili, Tralhoto e Baralhada da seca. Cavará mais fundo ainda o poço. O herói é conhecido como Quili-Quili.
Próximo a este problema, na casa seguinte, encontra-se um poço bastante fundo, onde várias pessoas tentaram adentrar para fazer a devida limpeza e acabaram ficando sem ar devido a profundidade. O poço situa-se entre a casinha e a casa grande. Mesmo sendo totalmente vedada a boca do poço pela construtora PAZ(Pauleta-Arroz-Zeca), houve a entrada de muitos sapos.
A água começou a ficar com um cheiro e sabor insuportável. Eis que surge o Velho Chico, com aproximadamente 85 anos descendo o poço, pendurado por uma corda presa em uma antiga escada que faltavam alguns degraus. Pairou sobre a água gelada e fétida. Com um olhar de caçador, mesmo sem enxergar absolutamente nada na escuridão, ou somente porque não possuia mais a visão de 50 anos antes, começou a tatear como quem tateia uma mesa feita de bacurizeiro atrás de uma xícara de café. Com movimentos bruscos, pôs-se a pegar os sapos um por um e colocá-los em um COFO(tipo de balaio) amarrado a cintura. Subiram ele e conferiram incriveis 53 sapos.
Sua nora predileta, Jecira, presenciou a cena, digna de grandes filmes hollywoodianos, com grande espanto, mas feliz por Chico Cavalcante ter emergido do poço como um herói.
Imaginei a cena. Gostaria de tê-lo conhecido.
ResponderExcluirFoi verdade, pois eu estava lá e fui um dos que puxou a escada.
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