segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Sapos no fundo do poço

     É de sabedoria que a água no Cujupe está cada dia mais rara de se encontrar, um dos melhores poços da região do Itapeua se encontra totalmente seco. Há um CABOCO, oriundo dessas bandas, que atualmente trabalha em uma grande empresa de transportes em São Luís e que está esperando uma folguinha para fazer a travessia de ferry-boat sentido Cujupe para ir salvar dona Lili, Tralhoto e Baralhada da seca. Cavará mais fundo ainda o poço. O herói é conhecido como Quili-Quili.
     Próximo a este problema, na casa seguinte, encontra-se um poço bastante fundo, onde várias pessoas tentaram adentrar para fazer a devida limpeza e acabaram ficando sem ar devido a profundidade. O poço situa-se entre a casinha e a casa grande. Mesmo sendo totalmente vedada a boca do poço pela construtora PAZ(Pauleta-Arroz-Zeca), houve a entrada de muitos sapos.
     A água começou a ficar com um cheiro e sabor insuportável. Eis que surge o Velho Chico, com aproximadamente 85 anos descendo o poço, pendurado por uma corda presa em uma antiga escada que faltavam alguns degraus. Pairou sobre a água gelada e fétida. Com um olhar de caçador, mesmo sem enxergar absolutamente nada na escuridão, ou somente porque não possuia mais a visão de 50 anos antes, começou a tatear como quem tateia uma mesa feita de bacurizeiro atrás de uma xícara de café. Com movimentos bruscos, pôs-se a pegar os sapos um por um e colocá-los em um COFO(tipo de balaio) amarrado a cintura. Subiram ele e conferiram incriveis 53 sapos.
     Sua nora predileta, Jecira, presenciou a cena, digna de grandes filmes hollywoodianos, com grande espanto, mas feliz por Chico Cavalcante ter emergido do poço como um herói.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Portal de entrada



   
     Vista para a Ponta do Itaúna e para o Lavado das Duas Irmãs que servem de entrada para as grandes e péssimas embarcações chamadas de ferry-boat e outros barcos menores. O igarapé do Cujupe já foi bastante próspero onde encontrava-se variados tipos de peixe e crustáceos.
     Quando os ferry-boats começaram o trajeto São Luís/Porto do Cujupe e vice-versa, dependia-se totalmente da maré alta, ou seja, só poderia existir dois horários que deveriam ser seguidos de acordo com a natureza. A rampa desse tempo era conhecida como flutuante, que hoje encontra-se totalmente deteriorada por conta de fatores naturais. Pegava-se bastante peixe e camarão nesse período.
     Após fazerem novas rampas que adentraram o mar e comprarem outros modelos de ferry, o horário ficou regular, contando com mais de 10 viagens diárias, consequentemente aumentado bastante o fluxo de viagens, barulho ensurdecedor e poluição desse belo cenário esculpido pela mãe natureza e que já foi habitat de grandes peixes. Atualmente, não se pega quase nada de peixe ou camarão.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Furto de Melancia

Braulino, o Brola, ao ser alertado pelo seu vizinho, Sertão, de que estavam entrando na roça daquele para roubar melancias, tinha uma prova irrefutável de que o vizinho havia omitido alguns dos nomes envolvidos no furto: uma semente de melancia sobre a clavícula saliente, popularmente conhecida no Cujupe como cantareira.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Árvores do Cujupe: Imbaubeira

Árvore típica do Cujupe. Seu tronco é oco, permitindo um grande acúmulo de água, inclusive boa para o consumo humano.
Sua folha é um alimento nutritivo para animais, como boi, cabras, jumento, etc.
Segundo Antônio TRALHOTO, morador da região, seu tronco é péssimo para o fabrico de carvão.



Casa do forno

     Quem não se lembra da belezura que era a antiga casa do forno de proprietário conhecido como Chico Cavalcante?
     Como é bom acordar todas as manhãs de férias quando se tem 5 anos e sentir aquele cheiro de farinha torrando no forno e dá um pulo da cama só nas CARREIRAS pulando o cercado somente para tirar um PUNHADO de farinha, tocar na boca, dá um alô para Bulhico ou Xaxá(os mexedores de farinha que me recordo) e sair correndo para tomar a benção matinal do vô.
     Hoje, esse lugar é conhecido como TAPERA e dá lugar à duas belas amendoeiras que estão fazendo uma ótima sombra.

PS: Sei quem derrubou as paredes da casa do forno, quem quebrou a roda do catitu e queimou os TAPITIS, mas não posso contar, quem sabe em outro post.
   

Zeca do Cujupe tem proposta para Ladeira Grande

O líder político da região, Zeca do Cujupe, tem uma proposta que pode pôr fim à terrível Ladeira Grande da estrada vicinal do Cujupe, agora batizada de Estrada Francisco Cavalcante. Trata-se de um aterramento na base da ladeira, ao mesmo tempo que parte do cume será retirado. Segundo Peixe Galo, um dos moradores, agora vai ficar bom andar de carro e moto.

domingo, 23 de outubro de 2016

João Peua

Figura ilustre que é facilmente encontrada em calçadas de grandes comerciantes do famoso porto novo, Carrinho e Reinaldo. Passa o dia a descascar coco seco para a querida mãe, Helisa, vender no porto do Cujupe. Quando finaliza o serviço, busca moedas para INTERAR e converter em deliciosas doses de cachaça 51 e, por vezes, de Caninha do Engenho. Quando bebe mais de 5 doses, acaba por pegar lapadas de corda do dono do boi.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Imagem para refletir

Esta é uma das vistas que Manoel Cavalcante tinha quando estava na porta da rua de sua casa.

Ahhh, Cujupe.

Como era bom o tempo passado, nosso tempo presente e como será MELHOR AINDA o tempo que virá, das reuniões familiares onde cada qual tinha seu CAUSO, com as caminhadas pela rua PRINCIPAL, a qual o verdadeiro Velho Chico mandou abrir a punho, diga-se de passagem, de aço. Ah, meu Cujupe amado, que eternamente será lembrado em nossos corações.